Febre amarela

A febre amarela é causada por um vírus no gênero flavivírus, transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que causa dengue, zika e chikungunya. Ele é o transmissor do vírus ao picar uma pessoa ou um macaco infectado e depois uma pessoa saudável. 

O diagnóstico do vírus pode ser feito por meio de exames laboratoriais, como o PCR, onde é coletada secreção dentro da cavidade nasal.

A febre amarela é uma doença grave, porém, em alguns casos, pode não apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que se iniciam cerca de 3 a 6 dias após a picada do mosquito transmissor. Os sintomas tendem a desaparecer após o terceiro dia de doença e, após um breve período de melhora, alguns indivíduos podem evoluir para a forma mais grave. Na forma grave, ocorrem danos ao fígado e aos rins, a pele se torna amarelada. É possível que surjam sangramentos e o corpo tenha insuficiência hepática.

Não há recomendação de vacinação de recém-nascidos. Alguns estudos demonstram que a vacinação em menores de 6 meses esteve relacionada a uma maior chance de complicações, além de pior resposta protetora da vacina. A vacina está indicada a partir de 9 meses de vida e em situações especiais pode ser indicada para bebês a partir dos 6 meses. É importante ressaltar que as mães vacinadas, mesmo antes do início da gestação, passam anticorpos, que são um tipo de defesa natural, para o feto através da placenta. Esses anticorpos garantem certa proteção ao bebê nos primeiros meses de vida. Nas crianças menores que não podem ser vacinadas, devemos manter medidas preventivas contra as picadas de insetos, como o uso de roupas compridas e claras, uso de repelentes (ver recomendação do fabricante), manter portas e janelas fechadas, uso de mosquiteiros e evitar regiões de mata ou surto do vírus.

Usualmente as gestantes não devem ser vacinadas contra a febre amarela. Nas situações especiais de risco, cada gestante deverá ser avaliada individualmente.

Ainda que não recomendada na rotina para mulheres grávidas, quando utilizada na gestação, a vacina não demonstra  má formação do bebê e nem maior risco de abortamento.

Mães amamentando bebês com menos de 6 meses de vida, como regra geral, não devem ser vacinadas. Porém, aquelas que vivem ou necessitam circular em áreas de risco, poderão se vacinar. Nessa situação, a amamentação deverá ser interrompida por 10 dias após a aplicação da vacina. Converse com seu médico sobre isso. Mães que amamentam bebês maiores de 6 meses não necessitam interromper o aleitamento, caso recebam a vacina.

A dose fracionada é uma dose da vacina menor em relação à habitual, porém com a mesma capacidade de gerar proteção. Dessa forma, é possível vacinar um número maior de pessoas, sem comprometer a eficácia da imunização. O tempo de proteção fornecido pela dose fracionada é de pelo menos 8 anos e é possível que os vacinados com a dose fracionada tenham que receber uma outra dose no futuro.

Do ponto de vista dos sinais e sintomas e do vírus causador, se trata da mesma doença. O que as difere é a forma de circulação e o mosquito transmissor. No ciclo urbano o Aedes aegypti é o principal mosquito vetor. No ciclo silvestre, a febre amarela é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.