Gestante idosa: qual é a idade avançada para engravidar?
Na literatura médica habitual, a mulher grávida com mais de 35 anos é descrita como gestante idosa.
Essa classificação parece estranha, não é?! Não combina com um mundo no qual mulheres na faixa dos 40 anos exibem aparência, vitalidade e saúde comparáveis às de jovens de 20 e poucos anos.
Contudo, o tempo não para e, fisiologicamente, a grávida com mais de 35 anos fica exposta a mais riscos relacionados à gravidez.
Mas, mesmo que a possibilidade de complicações seja maior, isso não precisa ser um impedimento para quem deseja engravidar. Com os cuidados adequados, a gravidez pode transcorrer normalmente durante os 9 meses.
Por isso, se ter um filho está nos seus planos, vale a pena ler esse artigo até o fim. Aqui, conheça o que é gravidez idosa e quais os riscos de engravidar nessa faixa etária.
Assim, você pode fazer o que for necessário para evitar ou minimizar as complicações que podem surgir. Acompanhe!
O que é gravidez idosa?
Gravidez idosa — ou gravidez tardia — é a gestação que acontece a partir dos 35 anos de idade da mulher.
Nessa faixa etária, uma gestação é perfeitamente possível, apesar de as chances de engravidar diminuírem bastante. Ainda assim, tem se tornado cada vez mais comum o adiamento dos planos de engravidar.
Com os avanços da Medicina em métodos contraceptivos e fertilização in vitro, a mulher tem opções. Ela pode focar na carreira por mais tempo ou esperar alcançar uma estabilidade financeira antes de decidir ter um filho.
Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam essa tendência. De 1999 a 2019, o número de gestantes idosas (de 35 a 44 anos) cresceu significativamente.
No entanto, quando o assunto é fertilidade, o tempo não está a favor da mulher. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina decai vertiginosamente e, quando a mulher engravida, é considerada uma gestante idosa. Entenda o porquê.
Quantidade e qualidade dos óvulos
Nessa idade, a quantidade e a qualidade dos óvulos são os principais fatores que levam à queda na fertilidade.
Ao contrário do homem, que começa a produzir seus espermatozóides na puberdade e segue produzindo-os ao longo da vida adulta, a mulher nasce com todos os seus óvulos, cerca de 1 milhão.
Na puberdade, quando começam a ser liberados para a fecundação, o número de óvulos já foi reduzido para algo em torno de 300 mil. Aos 35 anos de idade, são aproximadamente 30 mil e, desses, nem todos podem ser fecundados.
Isso porque as células reprodutivas têm sua função comprometida à medida que envelhecem.
Resumindo, a mulher tem menos ovulações e, quando ovula, nem sempre o óvulo tem condições de ser fecundado para desenvolver um embrião.
Por isso, a idade de 35 anos é considerada um marco para a fertilidade da mulher. E, a partir daí, ela é considerada uma gestante idosa.
Gestante idosa: engravidar depois dos 35 anos é mais arriscado mesmo?
Na verdade, sim. Os 35 anos de idade representam um momento importante no que diz respeito aos riscos para mãe e bebê, o que requer cuidados especiais.
“Hoje, graças a serviços como as unidades de terapia semi-intensiva, as complicações da gravidez são monitoradas e, seus sintomas, tratados, possibilitando que a mulher mantenha a gestação pelo maior tempo possível, evitando partos prematuros e tornando viável o nascimento de seus bebês”, comenta Dr. Felipe Favorette Campanharo, clínico da Pro Matre Paulista.
Logo adiante, veja quais os principais riscos para a mãe e para o bebê numa gravidez tardia.
Quais os riscos da gravidez tardia para a mãe?
As complicações mais frequentes na gestante idosa são:
- diabetes gestacional;
- doença hipertensiva específica da gestação (DHEG);
- pré-eclâmpsia;
- problemas cardíacos.
Mas, calma! Não precisa se assustar.
Com o pré-natal, o médico pode monitorar a saúde da mãe e identificar os sinais dessas doenças antes que elas se instalem ou se agravem. Por isso é tão importante realizar esse acompanhamento, mês a mês, desde o início da gestação.
Quais os riscos da gravidez tardia para o bebê?
Para o recém-nascido, o maior risco é a prematuridade (quando o bebê nasce antes da 37ª semana).
Além do risco parto prematuro pelas condições maternas, o bebê de uma gestante idosa tem mais chances de sofrer malformações e anomalias cromossômicas. Mas isso não quer dizer, de maneira alguma, que toda grávida com 35 anos ou mais terá bebês com problemas de saúde.
Em todo caso, vale ressaltar, novamente, a importância do acompanhamento pré-natal que, quando realizado com a frequência adequada, possibilita ao médico detectar problemas e intervir quando necessário.
Esse acompanhamento das gestações de alto risco é atribuição do Prenatalista de Alto Risco. Além de monitorar e identificar possíveis complicações, essa especialidade é responsável por realizar os procedimentos com o bebê ainda dentro da barriga da mãe.
Viu só? Os 35 anos podem até ser uma idade avançada para gravidez, mas a Medicina está ao seu lado.
A gestante idosa pode ter uma gravidez tranquila
Pode parecer um tanto quanto assustadora a ideia de ser mãe a partir dos 35 anos, mas não precisa desanimar. Se o desejo de engravidar falou alto nessa época da vida, saiba que ser uma gestante idosa não é sentença de problema.
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