O que é Materno-fetal?
A Medicina Materno-fetal, além dos cuidados da avaliação do desenvolvimento fetal realizados pela medicina fetal, tem por objetivo avaliar condições de risco materno que possam trazer complicações no desenvolvimento da gestação para a gestante e para o feto.
Assim, pela ótica do diagnóstico e prevenção das doenças, procura aplicar testes diagnósticos para estratificar riscos gestacionais. São exemplos da prática da Medicina Materno-fetal a predição da pré-eclâmpsia por meio de dados clínicos maternos, associados a dopplervelocimetria das artérias uterinas e dosagem da bioquímica materna (hormônio de crescimento placentário – PLGF).
A avaliação da transvaginal do colo uterino na época da ultrassonografia morfológica do 2º trimestre para identificação de gestante de colo curto com risco aumentado para prematuridade também exemplifica bem o papel da Medicina Materno-fetal.
Ambas as condições – a pré-eclâmpsia e a prematuridade – são condições que, se não forem bem controladas, comprometem o desenvolvimento fetal e levam inclusive a risco de óbito fetal ou neonatal. Gestantes classificadas com risco aumentado ainda no 1º trimestre podem ter seu risco reduzido com o uso de AAS infantil diariamente, assim como gestantes de colo curto podem usar a progesterona natural por via vaginal para prevenir o parto prematuro.
Outras condições como trombofilias, cardiopatias maternas, doenças reumatológicas, insuficiência placentária e restrição de crescimento fetal, entre outras, também podem ter seus riscos identificados e monitorados pela medicina fetal.