Primeira consulta ao ginecologista deve acontecer no início da adolescência: mito ou verdade?

Meninas devem consultar um ginecologista por volta dos 11 anos

Verdade. Por volta dos 11 anos, os primeiros sinais de puberdade já começam a surgir, tais como crescimento das mamas, primeira menstruação (menarca), pelos na genitália e/ou alguma queixa ginecológica, que o pediatra já não consegue mais acompanhar. Durante esse período, que deve acontecer uma visita ao ginecologista. Segundo a Dra. Maria Elisa Noriler, ginecologista da Pro Matre Paulista, a primeira consulta sempre deve ser o mais informal possível, deixando a adolescente tranquila, pois ela já vem com medos e fantasias.

“Sempre perguntar se ela quer ser atendida acompanhada pela mãe ou sozinha, mesmo sendo menor de idade ela tem esse direito. Muitas vezes, elas vêm sem queixas, apenas para receberem orientação de como iniciar o contraceptivo, como se prevenir de Doenças Sexualmente Transmissíveis, etc.”, explica a médica, completando que o ideal é sempre esclarecer o máximo das dúvidas antes de partir para o exame físico, “pois, assim, a adolescente sente mais confiança no médico (a) ginecologista”.

Em relação aos exames, sempre serão solicitados em complementação ao exame clínico, talvez seja necessário um exame de sangue, urina, fezes ou de imagem. Mas não é obrigatório complementar com solicitações laboratoriais na primeira consulta se a paciente não tiver nenhuma queixa ou alteração do exame físico. Durante o exame físico, já se conseguem ver algumas alterações em mamas. Na inspeção da genitália, podem-se ver alterações relacionadas com vulvovaginites. O crescimento exagerado de pelos pode estar relacionado com algumas desordens endocrinológicas.

“É importante lembrar que a menina tem total liberdade para perguntar sobre todas as dúvidas, desde sexuais até hormonais. Essa é uma fase que precisa de muita orientação e o ginecologista acompanhará, a partir de então, todas as etapas da vida da mulher, podendo esclarecer e orientar da melhor maneira possível”, finaliza a especialista.


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