Bebês podem ser alérgicos a leite de vaca: mito ou verdade?

A introdução de fórmulas à base de leite de vaca pode não ser bem tolerada por alguns bebês

Verdade. Nos primeiros anos de vida, um tipo de alergia muito comum pode se manifestar – a alergia ao leite de vaca. A criança deixa de ser amamentada pela mãe e, ao introduzir algum tipo de fórmula infantil, os pais notam que o bebê desenvolve sintomas como desconforto abdominal, diarreia, flatulência e, em casos mais graves, até sangramento intestinal.

“O quadro é diferente da intolerância à lactose, no qual a criança não é capaz de digerir completamente o açúcar presente no leite. No caso da alergia, o bebê tem dificuldade em digerir a proteína do leite”, comenta Dr. Francisco Brás, neonatologista da Pro Matre Paulista. A solução, neste caso, é substituir o alimento convencional por fórmulas disponíveis no mercado, com proteínas modificadas, que permitem ao bebê receber os nutrientes sem sofrer com as consequências do leite in natura.

Um recurso simples, mas extremamente eficaz, no combate às alergias é o próprio leite materno. Quanto mais o bebê for alimentado com o leite da mãe, mais anticorpos receberá, fortalecendo seu sistema de defesa contra fatores externos. “Além disso, se o regime de aleitamento materno for mantido exclusivo até os seis meses, evita-se a exposição precoce do bebê a alimentos que podem causar alergias, como corantes, conservantes e outros componentes da alimentação industrializada”, lembra o neonatologista.

O médico reforça que casos extremos de reação alérgica podem evoluir para quadros graves, com a formação de inchaços em regiões como rosto, língua e pescoço a ponto de bloquear a respiração. “Nestes casos, a conduta é procurar atendimento de emergência em pronto-socorro”, conclui.

 


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