Incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê: mito ou verdade?
É verdade. A principal complicação decorrente da “mistura” de sangues da mãe e do bebê é a incompatibilidade do fator Rh. Na série “Tipo Sanguíneo”, Dr. Rodrigo Buzzini, obstetra da Pro Matre Paulista explica o que acontece nessa situação.
A incompatibilidade sanguínea só acontece quando a mãe não tem a proteína antígeno D no sangue (Rh-), e a criança herdou essa proteína do pai (Rh+). “Caso o sangue do bebê entre em contato com a corrente sanguínea da mãe, o sistema imunológico da gestante pode reagir contra o antígeno D do sangue do bebê, como se ele fosse um ‘invasor’, e produzir anticorpos contra ele”, explica o obstetra.
A sensibilização ao fator Rh não costuma causar problemas na primeira gestação de um bebê com Rh+. No entanto, na segunda gravidez, os anticorpos do sistema imunológico podem atravessar a placenta e atacar as células do sangue do bebê, provocando anemia, icterícia ou, em casos mais graves, insuficiência cardíaca ou hepática na criança. Um bom acompanhamento pré-natal é fundamental para amenizar os riscos dessa complicação. Procure um especialista.