Amamentar é um ato intuitivo: mito ou verdade?

Mito. As vantagens do aleitamento materno são amplamente conhecidas. No entanto, amamentar não é uma tarefa intuitiva para os seres humanos, demandando muita paciência e aprendizado. “É muito importante que a gestante se prepare para esta etapa ainda durante a gravidez, buscando orientação com seu obstetra e também por meio de leituras, curso de gestante e até com o pediatra escolhido para cuidar do bebê”, orienta Dra. Débora Manzione Passos de Oliveira, neonatologista da Pro Matre Paulista.

Outra medida fundamental é aproveitar o período de internação na maternidade para assegurar-se de que o bebê está mamando de forma correta. A posição da boca do bebê em relação ao seio – pegando a aréola e não apenas o mamilo – é vital para garantir um aleitamento ideal, que ao mesmo tempo garanta que ele mame o suficiente, sem machucar o bico do seio da mãe.

Também é indicado que o bebê mame, sempre que possível, na primeira hora de vida. Esta medida favorece a adaptação do bebê ao ato de mamar. Quando o bebê nasce de parto normal, esta conduta é facilmente cumprida, especialmente para as mães que utilizam as suítes para parto, como acontece na Pro Matre Paulista. No entanto, é possível indicar o mesmo procedimento para vários bebês nascidos de cesariana.

Algumas (das muitas) vantagens do aleitamento materno

  •  O leite materno já vem na temperatura ideal, esterilizado e não dá trabalho para preparar
  • Protege o bebê contra infecções do aparelho respiratório e digestivo porque contém anticorpos (imunoglobulinas)
  • Desenvolve e fortalece a musculatura facial, melhorando o desempenho das funções de sucção, mastigação, deglutição e fala
  • Reforça o vínculo mãe-filho, favorecendo o desenvolvimento da criança
  • Diminui os riscos de alergia, muitas vezes causadas pela introdução prematura do leite de vaca.
  • Evita o risco de superalimentação, pois contém os nutrientes necessários ao desenvolvimento do bebê, tanto em qualidade quanto em quantidade.
  • Diminui as hemorragias pós-parto, devido à liberação do hormônio chamado ocitocina, que tem a ação de contrair o útero
  • Previne a osteoporose e o câncer de mama, ovário e útero.

Embora, nos primeiros dias, a produção seja de colostro, não de leite propriamente dito, a amamentação é totalmente indicada. “O colostro contém os mesmos nutrientes do leite materno. Além disso, o ato de sugar estimula a produção de leite”, acrescenta Dra. Débora.

A “descida” do leite costuma acontecer dois ou três dias após o parto, o que normalmente coincide com a alta hospitalar. Neste momento, muitas mães ficam aflitas pelo aumento excessivo de volume das mamas, o que pode até dificultar para o bebê continuar mamando. Nestes casos, o indicado é massagear as mamas, de preferência durante o banho, e retirar um pouco do leite, para proporcionar maior maleabilidade da pele e facilitar a pega para o bebê.


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