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A perda gestacional é mais comum do que a gente imagina: acomete cerca de 15% das gravidezes. Independente da idade gestacional, pode ser uma experiência muito dolorosa para os pais, já que se desfazem planos e expectativas sobre o bebê que estava por vir e, no lugar, fica um vazio. Com a ruptura deste vínculo, começa o processo de luto, que é como uma ferida aberta: dói, mas aos poucos se fecha e cicatriza.

É necessário dar um tempo para que o corpo e a mente se ajustem à nova realidade. Veja algumas sugestões para te ajudar a encontrar este equilíbrio:

– Terapia: o ideal é procurar um psicólogo assim que você sair do hospital, já que esse é um recurso importante para o enfrentamento da perda de um filho e elaboração do luto. Às vezes, pode ser necessário consultar um psiquiatra, especialmente se havia transtornos psiquiátricos prévios à perda.

– Bem-estar: buscar uma alimentação saudável, garantir boas horas de sono e praticar atividade física com regularidade são importantes para a saúde física e mental. Outras sugestões que ajudam a trazer tranquilidade e equilíbrio são: acupuntura, meditação e yoga, por exemplo.

– Auto-estima: pensamentos negativos sobre si mesma levam à baixa autoestima, que por sua vez pode levar a problemas de saúde mental. Procure ser gentil consigo mesma, ter um tempo para fazer as coisas que gosta, encontrar um hobby, desafiar o seu corpo e perceber como ele é forte e capaz de muitas coisas.

– Sair da solidão: sentir-se sozinha é comum entre as mulheres que passaram por uma perda, já que às vezes se sentem incompreendidas em seu luto. Procure uma rede de apoio, que além de estar por perto para escutar e conversar, pode realizar tarefas que você não consegue, sejam questões burocráticas do hospital, sejam as tarefas da casa após a alta. Conversar com pessoas que passaram por situações parecidas também é importante para diminuir a solidão. Uma forma de fazer isso é buscando grupos de apoio: ao compartilhar experiências com outras pessoas, os pais têm a possibilidade de entender melhor o que estão vivendo e desenvolver o sentimento de pertencimento.