Assim que nasce, o bebê passa por vários exames: mito ou verdade?

Verdade. Meses de expectativa, e até certa ansiedade. Enfim, a hora chega, o bebê vem ao mundo e tudo se transforma ao seu redor. E essa sensação de novidade começa ainda na sala de parto, quando o bebê é submetido a uma série de exames e processos. “Esses procedimentos têm como objetivo investigar a condição do nascimento. Para isso, existe um método que determinará a necessidade de o pediatra intervir ou não na assistência imediata”, explica Dr. Francisco Dutra Rodrigues, neonatologista da Pro Matre Paulista.

Este método ou teste tem o nome de APGAR – o famoso teste APGAR, que atribui notas ao recém-nascido. A maioria das crianças nasce em boas condições de saúde, mas, caso o recém-nascido necessite de algum auxílio médico, será melhor saber o quanto antes para começar o tratamento. Este é um procedimento universal, aceito em todas as maternidades do mundo, pelo qual o recém-nascido é avaliado no primeiro e no quinto minuto de vida fora do útero.

Neste processo, avaliam-se frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, reflexos e cor de pele e, para cada item, atribuem-se notas de zero a dois. Grande parte dos bebês recebe nota entre sete e dez, o que significa que não precisarão de tratamento imediato. As avaliações abaixo de cinco apontam bebês em condições que exigem auxílio médico especial.

Os dias subseqüentes ao nascimento do bebê são marcados por outros exames no berçário, local onde a criança fica entre 48 e 72 horas. Após sua liberação do berço aquecido, que geralmente acontece três horas depois do nascimento, e depois de um exame minucioso das condições clínicas, o pediatra faz avaliação dos olhinhos.

“Este exame é o reflexo que vem através das pupilas quando estas são submetidas a um fonte de luz. Este reflexo é muitas vezes observado em fotografias com flash . Para que ocorra o reflexo, a luz tem que passar por todas camadas do olho até sua retina, e voltar dando a coloração vermelha.Se isto não ocorrer, é porque ao longo do trajeto a luz não consegue chegar à retina, o que indica que há problema neste olho”, explica Dr. Francisco.

Uma das ocorrências mais comuns nos bebês, ainda na fase de internação, é a icterícia, que se dá quando existe acúmulo no sangue de um pigmento produzido naturalmente pelo nosso organismo, chamado bilirrubina. Este pigmento é metabolizado pelo fígado e eliminado através das fezes e da urina.

“Frequentemente, ocorre um aumento de bilirrubina nos bebês entre o segundo e terceiro dias de vida, porque seu organismo ainda é imaturo para eliminar este pigmento. O tratamento para a icterícia é a fototerapia (o chamado “banho de luz”), o que às vezes leva o bebê a ficar internado um dia a mais na maternidade.

Uma importante medida para controlar a icterícia é a amamentação. O bebê ictérico deve ser amamentado várias vezes ao dia, nos primeiros dias de vida. Isso ajuda a mãe a produzir mais leite, a hidratar o bebê e também ajuda reduzir a bilirrubina, facilitando sua eliminação pelas fezes.

 


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