Bebês podem mamar logo que nascem: mito ou verdade?
Verdade. É indicado que o bebê mame, sempre que possível, na primeira hora de vida. Esta medida favorece a adaptação do bebê ao ato de mamar. A primeira semana de agosto foi definida pela Organização Mundial da Saúde como Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Quando o bebê nasce de parto normal, esta conduta é facilmente cumprida, especialmente para as mães que utilizam as suítes para parto, como acontece na Pro Matre Paulista. No entanto, é possível indicar o mesmo procedimento para vários bebês nascidos de cesariana.
Embora, nos primeiros dias, a produção seja de colostro, não de leite propriamente dito, a amamentação é totalmente indicada. “O colostro contém os mesmos nutrientes do leite materno. Além disso, o ato de sugar estimula a produção de leite”, acrescenta Dra. Débora Manzione Passos de Oliveira, neonatologista da instituição.
A “descida” do leite costuma acontecer dois ou três dias após o parto, o que normalmente coincide com a alta hospitalar. Neste momento, muitas mães ficam aflitas pelo aumento excessivo de volume das mamas, o que pode até dificultar para o bebê continuar mamando. Nestes casos, o indicado é massagear as mamas e retirar um pouco do leite, para proporcionar maior maleabilidade da pele e facilitar a pega para o bebê.
Em casa, devidamente adaptados, mãe e bebê devem vivenciar o chamado regime de livre demanda, ou seja, amamentar sempre que o bebê solicitar. Em geral, é o choro do recém-nascido que evidencia a hora de mamar. Um cuidado especial deve ser tomado com os bebês muito sossegados, que podem emendar várias horas de sono e, com isso, perder peso nos primeiros dias.
Recomenda-se que a primeira consulta ao pediatra aconteça entre três a cinco dias após a alta hospitalar, para averiguar a questão do peso e obter orientações sobre a amamentação. Com a orientação correta, os bebê provavelmente estará pronto para passar os próximos seis meses com alimentação exclusiva no peito, como recomenda a Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria.