Comer alimentos ricos em ácido fólico não faz muita diferença na gravidez: mito ou verdade?
Isso é um mito. Muitos estudos comprovam que o consumo desse nutriente pode reduzir em até 75% a ocorrência de doenças do feto. Vitamina do complexo B, o ácido fólico está presente em alimentos como brócolis, couve, feijão, milho, lentilha, entre outros.
O ácido fólico é relacionado ao desenvolvimento de todo o sistema nervoso. Defeitos neurais podem ocorrer na formação tanto da coluna como do cérebro, causando diferentes má formações congênitas, como a anencefalia e a mielomeningocele. “O fechamento do tubo neural ocorre, normalmente, entre a segunda e a quarta semana de gestação, por isso é importante iniciar a suplementação do ácido fólico antes mesmo de engravidar”, explica o Dr. Hérbene Milani, especialista em Medicina Fetal do Grupo Santa Joana.
No Brasil, apenas 30% das gestantes ingerem quantidades ideais de ácido fólico. Por esse motivo, o país apresenta uma das maiores incidências de casos de anencefalia do mundo.
A alimentação das gestantes não é suficiente para garantir a quantidade diária ideal desse nutriente. Por isso, os obstetras indicam a suplementação alimentar durante a gravidez. Atualmente, algumas campanhas de conscientização médica têm contribuído para aumentar a frequência com que esses profissionais recomendam a substância.