Filhos mais velhos sofrem com ciúme do bebê: mito ou verdade?

Verdade. Acostumado a reinar soberano nos domínios da casa, de repente o rei da família ganha concorrência. Irmãos mais velhos sofrem com a chegada dos caçulas, independentemente da idade. Tudo que antes era destinado a ele passa a ser dividido: o espaço na casa, a atenção dos pais, o sentimento de novidade de toda a família. É inevitável que, diante de tanta insegurança, o ciúme se instale.

Uma das medidas preventivas mais eficazes ao alcance dos pais é manter a rotina da criança mais velha. “Afinal, uma grande mudança se aproxima e pode ser mais difícil se adaptar a ela se muitas outras coisas mudarem ao mesmo tempo – casa, escola, atividades etc.”, comenta a psicóloga Flavia Carnielli. “Também é muito importante que os pais possibilitem à criança um espaço para falar sobre seus sentimentos, sem julgamentos ou atitudes negativas diante desse ciúme”, acrescenta. Segundo ela, os pais precisam de uma certa dose de paciência para ajudar o filho mais velho a entender o que sente, nomeando suas emoções e ao mesmo tempo dando segurança do amor que sentem pela criança.

Durante a gestação, os pais podem conversar com o filho mais velho sobre o nascimento do irmão, permitindo que ele fale sobre seus sentimentos em relação a esse momento e explicando os cuidados que o bebê irá precisar. “Também é bastante aconselhável que os pais incentivem o primogênito a participar da gravidez, ajudando na escolha do enxoval, do nome do irmão, conversando com a barriga da mãe e até vendo a ultrassonografia, para entender o que significa o nascimento de uma nova criança”, aconselha Flavia.

Depois que o novo bebê chega, muitos primogênitos demonstram regressões de comportamento, como forma de chamar a atenção dos pais. Ele pode voltar a falar como bebê, se já tirou a fralda pode ter alguns escapes, pode ficar mais manhoso, querendo colo o tempo todo. Crianças mais velhas podem voltar a pedir mamadeira ou chupeta como formas de se igualar ao irmão mais novo e também ser cuidado pelos pais. “É importante não incentivar esses comportamentos e garantir à criança que ela continua sendo especial para os pais e que sempre terá seus momentos com eles, pois cada idade tem o seu encanto e o filho mais velho continuará sendo amado, mesmo que não seja mais um bebê.”


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