Fisioterapia faz parte do tratamento de prematuros: mito ou verdade?

Prematuros precisam de cuidados fisioterápicos, principalmente em relação à respiração

Verdade.

Muitos conhecem o papel do profissional fisioterapeuta na reabilitação de movimentos motores em crianças e adultos, mas são poucos os que sabem de sua importância para os prematuros internados em UTIs Neonatais. Isso se deve ao fato de os cursos e treinamentos para a atuação de fisioterapeutas especialistas na área de cuidados intensivos com neonatos serem recentes. No Brasil, por exemplo, somente a partir do ano 2000 essa especialização começou a se difundir.

Com o avanço contínuo da medicina obstétrica e neonatal, a taxa de sobrevida dos bebês prematuros tem crescido consideravelmente. A perfeita interação entre recém-nascido, equipe multidisciplinar especializada, ambiente para o tratamento, equipamentos, rotinas e protocolos é a grande responsável por essa evolução.

Os prematuros têm necessidades especiais e seus órgãos ainda são muito imaturos. O pulmão, por exemplo, pode ainda não estar completamente formado e, também por isso, a presença do fisioterapeuta no tratamento desses recém-nascidos se tornou necessária. O fisioterapeuta pode atuar especialmente quando há alguma doença respiratória, como uma Membrana Hialina (DMH), Displasia Broncopulmonar (DBP), Síndrome da Aspiração do Mecônio (SAM), Atelectasia, Pneumonia, entre outras.

São estes profissionais que, além de preparar a musculatura do bebê por meio de alongamentos para seu futuro desenvolvimento motor, também auxiliam na respiração do prematuro. “Nós somos responsáveis por manusear toda essa tecnologia avançada do suporte respiratório e de manuseio do bebê, ajudando-o a deslocar o ar ou expelir alguma secreção que o esteja incomodando”, explica Liss Labate, fisioterapeuta há 15 anos da UTI Neonatal da Maternidade Pro Matre Paulista.

De acordo com o Ministério da Saúde, toda UTI Neonatal precisa de assistência fisioterápica 24 horas. “Aqui na Pro Matre, por exemplo, somos uma equipe de 15 fisioterapeutas especializados em prematuros que se revezam em duplas para atendê-los 24 horas, isso reduz o tempo de internação hospitalar, a partir da evolução clínica do bebê”, comenta Liss. Desde fevereiro de 2010, a especialização em Neonatologia tornou-se também uma obrigatoriedade para os fisioterapeutas que atuam em maternidades, conforme publicação no diário oficial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

 


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