Gestante não pode comer chocolate: mito ou verdade?
Mito. O consumo de chocolate e doces em geral faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. É mesmo difícil resistir a essas verdadeiras tentações, e não é diferente quando se está grávida. O problema é que, se consumidos em excesso, essas delícias, que têm grande quantidade de açúcar e gordura, podem causar alterações das taxas de glicose no sangue, levando ao diabetes gestacional.
A incidência da doença é relativamente alta: entre 7% a 13% das gestantes. Em geral, os principais sintomas do diabetes gestacional são muito semelhantes aos sintomas habituais da gestação: fadiga, sonolência, aumento do volume urinário e sede. Por isso, é preciso ficar atenta e seguir as orientações de seu obstetra, que eventualmente pode recomendar exames regulares para medir a taxa de glicemia (quantidade de açúcar no sangue).
Segundo Dr. Luiz Fernando Leite, obstetra da Pro Matre Paulista, uma das principais medidas para evitar a doença é justamente não abusar dos doces. É importante consumir, no máximo, porções de até 20 ou 30 gramas por dia, mas não diariamente. O chocolate meio amargo, com 70% cacau, é o mais indicado, por apresentar propriedades antioxidantes benéficas à gestante e também por conter uma quantidade menor de açúcar.
Não há necessidade, normalmente, de eliminar o chocolate e demais doces totalmente do cardápio. O adequado é consumir pequenas quantidades desses alimentos e manter uma dieta equilibrada, composta por frutas, legumes coloridos, verduras cruas, grãos, carboidratos integrais, laticínios e pouca gordura. Para não cair na tentação, uma dica é não manter doces em casa.
A ansiedade das futuras mamães pode impulsionar o consumo maior. Por isso, muitas vezes, é recomendável encontrar métodos saudáveis para reduzir essa sensação. A prática de exercícios físicos e o controle da glicemia são os principais aliados nessa luta. Previna-se e se você notar sintomas da doença, procure rapidamente seu obstetra.