Gestantes devem estar alertas para a relação de microcefalia e infecções: mito ou verdade?
Verdade. Os recentes casos de bebês nascidos com cérebros menores que o normal, primeiro no estado de Pernambuco e depois com várias ocorrências pelo Brasil, acenderam a preocupação de gestantes de todo o País. O sistema de saúde do estado, o Ministério da Saúde e outras instâncias de pesquisa e investigação estão investigando esse número anormal, de forma bastante estruturada, para estabelecer a causa ou possíveis causas e medidas de combate ao problema.
Uma das possibilidades para estas ocorrências são infecções, geralmente no início da gestação. Processos infecciosos como os de dengue, chikungunya e zika podem estar associados ao nascimento de bebês com microcefalia. “Ainda que seja comprovada uma relação entre os casos e algum surto infeccioso desse tipo, não há medidas paliativas, pois essas doenças são viroses e, portanto, não se combatem com antibióticos”, explica Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Grupo Santa Joana.
Segundo ela, a forma de proteger gestantes contra essas viroses é a mesma utilizada pela população em geral: combater os vetores, ou seja, os insetos que transmitem os vírus. A orientação de evitar acúmulo de água parada é a principal delas. “No caso das gestantes, é fundamental não subvalorizar quadros infecciosos, com febre, cansaço, mal-estar e, eventualmente, erupções na pele”, acrescenta. “Qualquer alteração desse tipo deve ser relatada ao médico que realiza o pré-natal”, conclui.