Método Canguru ajuda no desenvolvimento do prematuro: mito ou verdade?

Verdade. O Método Canguru, que pode ser realizado pela mãe ou pelo pai, alternando-se na função, é muito simples: o bebê é colocado sobre a pele do peito ou da barriga dos pais, seguro por faixas. O simples contato da pele promove troca de hormônios e estimula o desenvolvimento da criança como se ela estivesse no útero, recuperando o tempo de desenvolvimento que deixou de ter nesse ambiente aconchegante, em função do parto antecipado.

A metodologia começou a ser utilizada há 30 anos na Colômbia, por uma equipe do Instituto Materno-Infantil de Bogotá, implantado pelo médico Héctor Martínez. Os motivos do sucesso do método vão além dos aspectos psicológicos. “No colo, a criança fica mais calma, há a troca da flora de bactérias e de anticorpos entre mãe e filho. Melhoram a parte física, o ganho de peso, e o vínculo afetivo”, diz Dra. Edinéia Vaciloto Lima, neonatologista da maternidade Pro Matre Paulista.

Se, antes, o bebê de baixo peso ficava na incubadora até atingir 2 kg, hoje ele pode ir para o colo da mãe (ou do pai) a partir de 1,250 kg. Para realizar o Método Canguru, porém, não basta que o bebê tenha determinado peso. “Sabemos o quanto o método é bom, mas é importante haver estabilidade clínica para evitar riscos”, diz Edinéia. Por isso, há prematuros maiores que não podem deixar a incubadora, enquanto outros menores, mesmo com sonda, vão para o colo da mãe.

A Pro Matre Paulista utiliza o Método Canguru regularmente, envolvendo mamães e papais nos cuidados de seus prematuros, com excelentes resultados e reforço do vínculo familiar.


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