O pai está cada vez mais presente nos cuidados com o bebê: mito ou verdade?
Verdade. A figura do pai distante, que não sabe nem trocar uma fralda, é cada vez mais um quadro do passado. Hoje, a maioria dos homens quer e se sente orgulhosa por participar da vida do bebê, desde os primeiros momentos. Ser o porto seguro da mãe – especialmente as de primeira viagem – é uma ótima maneira de começar.
“No período pós-parto, o pai é muito importante para a mãe, representando uma fonte de segurança e tranquilidade nesse momento de ansiedade e incertezas, principalmente quando se trata do primeiro filho”, comenta Flavia Ianzini Carnielli, psicóloga da Pro Matre Paulista. Por isso, segundo ela, o pai não deve ter vergonha de assumir, nesse momento, tarefas que eventualmente sejam desempenhadas pela mulher, como cuidar da casa e das compras da família. “Livrar a mãe das tarefas domésticas nesse período é uma grande contribuição, pois além de proporcionar a ela o foco exclusivo no bebê, desta forma o homem também vai se sentir menos excluído dessa relação que se torna tão intensa.”
Não é incomum que, após a chegada do bebê, alguns homens desenvolvam sintomas parecidos com os da depressão pós-parto. Com todas as atenções da mulher voltadas para a criança, sentimentos de rejeição e ciúme podem desestabilizar esse pai que, afinal, também está estreando em nova função. “Cabe à mulher não excluir o companheiro nas decisões e tarefas relacionadas ao bebê”, acrescenta Flávia, lembrando que, muitas vezes, a gestante praticamente substitui a companhia do marido pela da mãe nessa fase.