Os dentes do bebê começam a nascer por volta dos seis meses: mito ou verdade?

Os chamados dentes de leite são muito importantes: alguns deles só serão trocados na adolescência

Verdade. O primeiro dente do bebê geralmente eclode entre os seis e os oito meses de idade, embora esse período possa variar para mais ou para menos. Os dentes centrais inferiores costumam surgir antes dos superiores, que geralmente aparecem dois meses depois dos primeiros. A seguir, surgem os incisivos laterais superiores, depois os laterais inferiores, os primeiros molares superiores e inferiores (mais ou menos ao mesmo tempo) e, em torno dos 15 a 18 meses, os caninos (conhecidos popularmente como “presas”).

Geralmente aos 18 meses, os bebês apresentam 12 dentes e, aos três anos, todos os 20 dentes decíduos (assim chamada a 1ª dentição, também conhecida como “dentes de leite”). Existem muitos mitos sobre sintomas que a dentição pode causar, que vão desde febre alta, gripe até diarréia. “Acredita-se que estas manifestações não sejam causadas pela dentição, mas apenas uma coincidência com doenças que geralmente começam a surgir após os seis meses de idade, quando a criança já não conta mais com a mesma quantidade de anticorpos herdada da mãe e passa a adoecer mais frequentemente”, comenta o neonatologista Dr. Paulo Roberto Pachi, da Pro Matre Paulista.

Apesar de não serem permanentes, os dentes decíduos desempenham papel importante, pois eles são necessários para mastigar, dar espaço (e guia) para os dentes permanentes e permitir o desenvolvimento adequado dos ossos da mandíbula e também dos músculos envolvidos com a respiração e a mastigação. Além disso, alguns dentes, especialmente os molares, não são substituídos até a adolescência. O aleitamento materno tem papel muito importante neste processo, promovendo um desenvolvimento adequado dos maxilares e da mandíbula, favorecendo mordida e oclusão corretos.


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