Papinha: mitos e verdades
Depois de um longo período de amamentação, é hora de introduzir a papinha na alimentação do bebê. Nesse momento, surgem algumas dúvidas em relação aos alimentos indicados, à quantidade e até à temperatura. Desmistificamos algumas crenças comuns na alimentação do bebê:
Deve-se dar a papinha desde cedo para que ele se acostume à nova alimentação
É um mito. Sabe-se que o melhor e mais rico alimento na fase inicial da vida é o leite materno, que contém todos os nutrientes necessários, na quantidade ideal. Os especialistas indicam a amamentação exclusiva até os seis meses. Depois dessa idade, a mulher pode continuar amamentando até os dois anos. Alimentos sólidos também devem ser incluídos na dieta da criança nessa etapa.
Papinhas quentes são boas para acostumar à nova temperatura
Isso é parcialmente verdadeiro. A criança está acostumada ao leite materno. Por isso, tome bastante cuidado com a temperatura da papinha. Comece com alimentos com a temperatura do ambiente, pois eles serão mais fáceis de serem engolidos. Esquente aos poucos a papinha, mas nunca dê muito quente. Uma dica é derramar um pouco na parte superior da sua mão para verificar a temperatura.
Alimentos gelados são indicados quando os dentes estão nascendo
Isso acontece porque alimentos gelados têm uma capacidade natural de analgesia. O ideal é a papinha de frutas um pouco mais fria. Não dê alimentos muito gelados para seu filho.
A primeira papinha deve ser salgada
Esse é mais um mito. A papinha deve ser introduzida gradualmente. Comece a dar um pouco de suco de laranja-lima no período da manhã, entre duas mamadas. Depois de três ou quatro dias, no período da tarde, ofereça ao seu filhote uma papinha de frutas. Prepare o primeiro alimento salgado para a hora do almoço no decorrer da semana, mas continue oferecendo a papinha de frutas e o suco. Aos poucos, dê a papinha salgada também no jantar, com a de frutas como sobremesa. Não misture grupos alimentares nas primeiras vezes.
As papinhas devem ser mais líquidas
Não é verdade. A consistência deve ser pastosa, pois o processo de mastigação está começando e será fundamental para o desenvolvimento da fala. Aos poucos a criança vai se habituando à deglutição e aos novos sabores.
Não devemos dar alimentos para os quais a criança faz “careta”
Esse é outro mito. Esse comportamento não significa recusa ao alimento. Fazer caretas faz parte do processo de transição entre o mamar e o mastigar. É essencial dar todos os grupos alimentares para a criança comer. A boa alimentação começa desde cedo, habitue seu filho a ingerir alimentos saudáveis, como frutas e legumes.