Relógio Biológico: Gravidez Após os 35 Anos Apresenta Mais Riscos?

É comum ouvir que a gravidez depois dos 35 anos oferece riscos à mãe e ao bebê. E isso é verdade. Por mais que, por conta dos avanços na medicina, os riscos hoje sejam menores do que há 30 ou 40 anos, eles ainda existem.

Isso porque nesta idade tem início o declínio reprodutivo nas mulheres. O relógio biológico não para e a ovulação tende a diminuir. O corpo não repõe os óvulos liberados desde a puberdade. Mulheres já nascem com todos os seus óvulos.

Após os 35 anos, mesmo que a gestação tenha ocorrido naturalmente, sem tratamentos de reprodução assistida, pode haver complicações. “As mais frequentes nas gestações tardias são a doença hipertensiva específica da gestação, conhecida como DHEG, o diabetes gestacional, o risco de prematuridade e os problemas cardíacos”, comenta Dr. Felipe Favorette Campanharo, clínico da Pro Matre Paulista.

“Gestantes que já apresentavam quadros crônicos dessas doenças podem sofrer o agravamento delas durante a gravidez, ficando expostas a riscos como parto prematuro, restrição de crescimento fetal, hemorragias pós-parto, entre outros,” ressalta o médico que adverte, mulheres sem histórico das doenças não estão livres de problemas assim.

O aumento de pressão arterial após a 20ª semana de gravidez, mesmo em mulheres não portadoras crônicas de hipertensão, está relacionado a casos de pré-eclâmpsia, maior responsável por ocorrências nos serviços de terapia intensiva e semi-intensiva das maternidades.

 


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